Meninas que vestiam preto

R$50,00

Miniantologia das poetas da Beat Generation
Trad.: Vanderley Mendonça
Plaquete – 22×30 cm – 32 págs.
ISBN 978-85-6642338-9

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Sobre as poetas da Geração Beat, gregory corso escreveu: “Havia mulheres, eu as conheci, também estavam lá. Suas famílias as internavam em sanatórios e elas recebiam choques elétricos. Na década de 50, se você fosse homem poderia ser um rebelde, mas se você fosse mulher, sua família poderia trancá-la. Presenciei muitos casos assim. Algum dia alguém vai escrever sobre isso.”


Sobre as autoras

Anne Waldman (1945-) publicou, em 1975, Fast Speaking Woman (A mulher que fala rápido), um livro-poema em que a autora faz uso particular de técnicas de poesia oral, da música e influências xamânicas. Segundo Allen Ginsberg, este poema estabeleceu o retorno às fontes da oralidade poética e da poesia de “performance”, dois elementos-chave na poesia norte-americana entre os anos 70 e 90, uma forma híbrida de leitura e apresentação que atraía um público cada vez maior às apresentações, num momento em que a mídia de massa previa o desaparecimento da poesia no palco.

Diane Di Prima (1934-) é um dos nomes mais destacados da Geração Beat. Sua vasta obra poética foi escrita em pouco mais de seis décadas. Um de seus livros mais conhecidos, Memórias de uma Beatnik descreve uma estranha aventura sexual que inclui Ginsberg e Kerouac, entre outros. Di Prima fundou uma editora (a Poets Press) e publicou alguns de seus colegas mais próximos. Ao todo, tem publicados 43 livros de prosa e poesia. Entre os mais destacados: Revolutionary Letters (1971) e Loba (1978). [v. m.]

Marie Ponsot (1921-) conheceu Lawrence Ferlinghetti logo após a Segunda Guerra Mundial, que publicou seu livro de estreia Poinsot, pela sua City Lights Press. Elogiada por críticos de peso como Harold Bloom, que a comparou a Waldo Emerson, dizendo que sua eloquência corajosa é sustentada ao longo de seu trabalho, montando, assim como o fundador da filosofia transcendentalista, uma  “escala de surpresas.” Traduziu mais de 30 livros do francês para o inglês, desde o fim da década de 50, incluindo as Fábulas de La Fontaine.

Elise Cowen (1933-1962) teve influência da poesia de Emily Dickinson, T. S. Eliot, Ezra Pound e Dylan Thomas desde muito jovem, quando conheceu, no início dos anos 50, Jack Kerouac. Logo depois, conheceu Allen Ginsberg por quem se apaixonou. Essa relação levou-a uma vida errante e cada vez mais afetada por problemas psicológicos, foi por várias vezes internada. Numa de suas crise, em fevereiro de 1962, pulou de uma janela no sétimo andar. A maior parte de seus escritos foram destruídos pelos vizinhos a pedido de seus pais, desconfortáveis com a sua sexualidade.

Denise Levertov (1923 – 1997) declarou-se escritora aos cinco anos de idade. Aos doze, escreveu uma carta com alguns de seus poemas a T.S. Eliot, que carinhosamente lhe respondeu oferecendo conselhos. Seu primeiro livro, A imagem dupla, foi publicado em 1946. No ano seguinte, mudou-se para os Estados Unidos, após casar-se e adotar a nacionalidade americana, começa a utilizar diálogos em sua escrita, influenciada pela poesia de William Carlos Williams. No seu livro The Sorrow Dance (A dança da tristeza), utiliza a poesia como marca da sua inserção na luta política e no movimento feminista.