ExtraPound

R$70,00

Autor: Ezra Pound
Trad.: Augusto de Campos
Capa Dura – 16×23 cm – 70 págs.
ISBN 978-65-990468-9-6

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Ouviver Pound

Se o poeta-inventor nos tornou capazes de OUVER um verso, o tradutor-inventor nos ensinou a OUVIVER um poema. Eis a forma da experiência poética que Augusto de Campos nos convida a vivenciar em suas traduções, particularmente nas re-criações de poemas de Ezra Pound. A presente edição é uma miniantologia poundiana do trabalho tradutório que AC vem fazendo ao longo de 60 anos. Trabalho de arqueologia, pesquisa, ensaio e divulgação no Brasil da obra de um dos maiores inventores da poesia no século XX. Ezra Pound não apenas conheceu essas traduções, como manteve correspondência com o grupo Noigandres e Augusto de Campos, um privilégio para o leitor que pode sentir o sabor do saber da tradução-arte. Um jogo de criação, análogo ao futebol-arte, que dribla não apenas a semântica das línguas e as palavras em estado de dicionário, mas traduz também linguagem, redesenha formas e injeta o signo novo na corrente sanguínea da língua portuguesa. Uma música que não é mais melodia, mas timbre. Cortes que funcionam como um novo léxico, palavras-valise, enfim, o novo novo, como o poeta grafou no seu livro Balanço da bossa e outras bossas. Há seis décadas, Augusto de Campos, juntamente com seu irmão Haroldo de Campos, deu sentido à arte de traduzir poesia como projeto de criação.
A obra de Ezra Pound nos obriga a decifrar seu enigma (imagem). Augusto de Campos, figura rara da “Welt Literatur”, traduz o intraduzível. A poesia é isso, afinal, uma ponte entre aquilo que não se sabe se existe e quem encontra o que não existe. [Vanderley Mendonça]

Sobre o autor

Augusto de Campos é poeta, tradutor, ensaísta, crítico de literatura e música. Em 1951, publicou o seu primeiro livro de poemas, o rei menos o reino. Em 1952, com seu irmão Haroldo de Campos e Décio Pignatari, lançou a revista literária Noigandres, origem do Grupo Noigandres que iniciou o movimento internacional da Poesia Concreta no Brasil. Em 1956, participou da organização da Primeira Exposição Nacional de Arte Concreta (Artes Plásticas e Poesia), realizada no Museu de Arte Moderna de São Paulo. Sua obra veio a ser incluída, posteriormente, em muitas mostras, bem como em antologias internacionais como as publicações Concrete Poetry: an International Anthology, organizada por Stephen Bann (Londres, 1967), Concrete Poetry: a World View, por Mary Ellen Solt (University of Bloomington, Indiana, 1968), entre outras. Sua obra inclui as coletâneas de poesia VIVA VAIA (1979), Despoesia (1994), Não (2003) e Outro (2015), além dos livros-objeto Poemóbiles e Caixa preta, em colaboração com Julio Plaza. Sua contribuição para a cultura literária brasileira e à língua portuguesa é imensurável. Traduziu poetas trovadores provençais como Arnaut Daniel e Raimbaut d’Aurenga, entre outros; poetas russos como Anna Achmatowa, Boris Pasternak, Wladimir Majakowski, Ossip Mandelstam, Sergej Iessenin, Marina Zwetajewa; poetas de língua alemã como Alexander Blok, August Stramm, Friedrich Hölderlin, Arno Holz, Kurt Schwitters, Rainer Maria Rilke; os italianos Dante Alighieri, Guido Cavalcanti; de língua inglesa como Lord Byron, Hart Crane, e.e. cummings, Emily Dickinson, John Donne, Paul Fleming,  Gerard Manley Hopkins, James Joyce, Gertrude Stein, Wallace Stevens, Dylan Thomas, William Butler Yeats, Marianne Moore, Sylvia Plath, Ezra Pound; os franceses Paul Valéry e Arthur Rimbaud; poetas de língua espanhola como argentinos Jorge Luis Borges e Oliverio Girondo, os mexicanos Octavio Paz e Soror Juana Inés de la Cruz, o chileno Vicente Huidobro, entre tantos outros.

 

Augusto de Campos

 

 

Peso 0,28 kg
Dimensões 0,11 × 16 × 23 cm